O Brasil de hoje está em temperatura de ebulição. Não, não estamos falando de clima, apesar de tórrido, mas de um outro clima, este ainda mais causticante: o das ruas, das redes sociais, dos meios de comunicação que ainda resistem fora da folha de pagamento do status quo brasiliensis. Falamos do sócio-político-econômico, o que nos afeta diretamente no bolso, nas oportunidades de trabalho, nas liberdades individuais, na educação, na segurança, na saúde, no transporte, na qualidade de vida, nos valores morais e, sobretudo, nesse sentimento difuso que é o de ser brasileiro e sentir-se bem com esta condição de cidadania.
Após o país ter assistido, impotente, ao mais descarado, mais eivado de ilegalidades e mais infame dos processos eleitorais da história, eis que do inesgotável estoque de mentiras que compõe o DNA petista e contamina seus aliados, surgem as verdades que destoam das cores falsas com que o marketing político dessa corja aboletada no poder pinta seu país imaginário, esse paraíso terrestre tão invisível quanto inexistente. Assim, tudo aquilo que fora atribuído à perversidade da oposição torna-se imperiosa necessidade e justifica-se, não com um mea culpa, que isso inexiste na cartilha vermelha, mas com outra mentira: o recrudescimento de uma delirante crise internacional que afeta exclusivamente nosso país...
Contra fatos não há argumentos. Fatos e dados são o que, em síntese, podem produzir os retratos fiéis da realidade. Fora disso resta a retórica anacrônica da esquerda caviar cubano-bolivariana que segue capitaneando o mais escandaloso esbulho de cofres da história das repúblicas; resta a audácia de zombar da capacidade alheia de compreender as reais motivações das ações de quem jamais desejou nada diferente daquilo que os levou às prisões ou à fuga do país; resta a raiva do período militar que hoje tentam rotular de ditadura e que agora, instalados nos quatro cantos do poder graças à uma anistia ampla, geral e irrestrita, querem anular as verdades unilateralmente para reescrever a história com mentiras; resta o medo de ver a exposição de sua nudez, sob o risco iminente de nova prisão, com o acúmulo de provas irrefutáveis de sua eterna vocação para o crime.
Os fatos remetem ao aparelhamento do Estado, remetem à montagem de um detalhado processo de corrupção com vistas à perpetuação no poder e ao enriquecimento da cumpanherada.