domingo, 17 de novembro de 2013

FALTA O CHEFE...

A atitude séria, absolutamente legalista e avessa a qualquer tipo de filigrana jurídica que pudesse postergar ainda mais o andamento dos procedimentos da Suprema Corte, destacou novamente Joaquim Barbosa como símbolo ímpar de uma república que parece esfacelar-se sob a égide do mais corrupto dos partidos políticos da história brasileira.
 
Pode parecer pouco, mas trazer sob a justeza das leis um julgamento repleto de artifícios políticos e de pareceres eivados de ideologias de alguns pares cujos compromissos pessoais aparentam sobrepujar os códigos, é fato raro de imensa magnitude.
 
Joaquim Barbosa logrou alcançar, até agora, o que nos parecia impossível: conduzir pelo trilho do respeito às letras da lei e ao seu espírito a maioria de seus colegas de corte, a despeito dos esforços daqueles cujas cores já são mais que indisfarçáveis.
 
Fazia tempo, demasiado tempo, que a República Federativa do Brasil - ainda não consigo engolir esse nome... meu Brasil era menos vagabundo com sua identidade anterior, mesmo com todos os problemas de então - não comemorava a sua Proclamação com algum motivo de orgulho.
 
Ao menos desta feita foi bom ver bandidos - não há como usar outra denominação para essa turma - sendo encaminhados para a prisão, mesmo com seus colarinhos artificialmente brancos e ainda que contando com mais uma penca de expedientes capazes de livrá-los das grades mais breve do que mereceriam.
 
Bem que esse movimento de exceção capitaneado pelo nosso Batman poderia inspirar outras esferas menores do sistema judiciário a agir mais, digamos, republicanamente e conduzir outras personagens igualmente corruptas de conhecidos municípios para as mesmas celas, pois fatos, fotos, depoimentos e agravantes não faltam. O que falta é seriedade e celeridade no trato das inúmeras denúncias, dos mais impensáveis descalabros com a coisa pública e das notórias opções pelo abjeto, pelo descaso com a vida e pelo fisiologismo descarado das quadrilhas petistas e seus aliados.
 
Quem sabe agora, quando tantas vozes se erguem em defesa da ética e da dignidade tão bem representadas pelo único Presidente verdadeiramente respeitado e admirado nesse país, seja possível replicar mais figuras como Joaquim Barbosa e acreditar ser viável construir um outro Brasil? Talvez até mesmo fazendo dele Presidente do próprio país após afastar-se da Suprema Corte, porque não?
 
É evidente que há muita estrada a percorrer até que seja possível enxergar um Brasil mais protegido contra outros Dirceus,  Genoínos, Valérios, Lulas, Rosemarys ou Quaquás, mas o futuro é construído por ações contínuas, atitudes retas e compromisso permanente com ética, transparência e responsabilidade.
 
Cabe a nós, sociedade produtiva, ser o elemento transformador, ser aglutinador dos movimentos de modificação desse "status quo" através do exemplo que se impõe como formador de opinião em um país quase que totalmente tomado pela indigência cultural tão ao gosto dessa pelegada que aí está nos assaltando diuturnamente.
 
Cabe a nós, eleitores pensantes, aqueles que se distanciam do umbigo ao aproximar-se das urnas, impor uma nova forma de ser à essa massa disforme cujo despreparo nos tem condenado a uma dolorosa espiral de atrasos de toda ordem, a começar pela educação e pela saúde.
 
Exigir direitos, rejeitar as tutelas invasivas e discriminatórias como são as diversas cotas em detrimento dos méritos ou a obrigatoriedade do voto sob o disfarce de direito pleno, são um bom começo.
 
Abarrotar as redes sociais, as caixas postais eletrônicas, as conversas de botequim e as ruas com o nosso grito por decência, por vergonha na cara daqueles que prometeram nos representar, por transparência absoluta dos atos dos três poderes também renderá bons resultados, pois nada amedronta mais o ser político que a voz da sociedade quando expressa em alto som.
 
Desperta Brasil!
 
Falta prender o chefe!
 
 
 

Um comentário:

  1. JOAQUIM BARBOSA PARA PRESIDENTE. É DISSO QUE PRECISAMOS. PESSOA INTELIGENTE, SINCERA, HONESTA, ÍNTEGRA, ETC, ETC, ETC.

    ResponderExcluir